sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

COCO CHANEL - “A lenda é a consagração da celebridade”

Uma ditadora que perdura até hoje em todo o mundo

Por Meire Thomazzi

Gabrielle Bonheur Chanel, nasceu numa família pobre. Sua mãe morreu quando ela tinha seis anos, deixando-a com mais quatro irmãos aos cuidados do pai, que devido sua profissão de caixeiro-viajante, não pode ficar com os filhos. Coco e as irmãs foram educadas em um colégio interno, enquanto que os irmãos foram trabalhar.

No período entre 1905 e 1908 adotou o nome de Coco, durante uma breve carreira de cantora de café-concerto, onde com seus 25 anos conheceu um rico comerciante de tecidos e oficial da cavalaria francesa, Etienne Balsan, com quem passou a viver.

Sua fama no mundo da moda começou em 1909, já em Paris quando Balsan a introduziu a um mundo de inúmeras festas, caçadas e corridas de cavalo. Por volta de 1910, na capital parisiense, Coco vai conhecer o grande amor da sua vida, o milionário inglês Arthur Boyle, que a ajudou a abrir a sua primeira loja de chapéus. A loja Chanel iria se tornar um sucesso e apareceria nas revistas de moda mais famosas de Paris. Suas criações logo caíram no gosto do público e seus negócios se expandiram para o ramo da moda.

No início dos anos 20, Chanel conheceu e apaixonou-se por um príncipe russo pobre, Dimitri Paulovitch, que tinha fugido com a sua família da Rússia. Sua relação com Paulovitch a fez desenhar roupas com bordados do folclore russo e, para isso, contratou 20 bordadeiras. Neste período, Chanel conheceu muitos artistas importantes, tais como: Pablo Picasso, Luchino Visconti e Greta Garbo.

Sua roupas vestiram as grandes atrizes de Hollywood, e seu estilo ditava moda em todo o mundo. Além de confecções próprias, desenvolveu perfumes com sua marca. Os seus tailleurs são referência até hoje.

Chanel já era uma designer influente. Começou a desenhar roupas confortáveis, com tecidos fluidos, peças emprestadas do guarda-roupa masculino e saias mais curtas, em contraste com a silhueta feminina rígida da época. Em 1922 criou o famoso perfume Chanel n° 5, que alavancou seus negócios e se tornou lendário.

Com estilo e elegância, Gabrielle "Coco" Chanel revolucionou a década de 20, libertando a mulher dos trajes desconfortáveis e rígidos do final do século 19. Um verdadeiro mito, Chanel reproduziu sua própria imagem, independente, bem-sucedida, com personalidade e estilo.

"Eu criei um estilo para um mundo inteiro. Vê-se em todas as lojas "estilo Chanel". Não há nada que se assemelhe. Sou escrava do meu estilo. Um estilo não sai da moda; Chanel não sai da moda", Gabrielle comenta. (Fonte: Biografia Coco Chanel)

A bolsa com alças de corrente dourada, o colar de pérolas, o tailleur, o vestido, as cores branco e preto são os símbolos de elegância e status que marcaram para sempre a história da moda. O estilo deixado por Coco Chanel se reinventa, mas jamais sai de moda. Qualquer uma que se vista dessa forma, seja com os três itens ou com algum deles, pode dizer que está "a lá Chanel". Mas foi o seu perfume, o Chanel nº 5, tido como o mais vendido no mundo, que a tornou milionária.

Seus desenhos simples e cômodos entraram para o guarda-roupa feminino e ali eles ficaram para sempre. Assim, a mulher que viveu as guerras da Europa e sobreviveu há esses tempos adotou o estilo Chanel e converteu a marca em um símbolo de elegância, glamour e feminilidade, demonstrando que com pouco se pode fazer muito. O estilo Chanel se propõe a embelezar as mulheres de todos os tempos.

Gabrielle faleceu no Hôtel Ritz Paris em 1970, onde viveu por anos. O seu funeral foi assistido por centenas de pessoas que levaram as suas roupas em sinal de homenagem.

O estilista alemão Karl Lagerfeld é, desde 1983, o diretor de criação da marca Chanel, tanto para a linha de alta-costura quanto para a de prêt-à-porter. O estilo clássico criado por mademoiselle, revitalizado por Lagerfeld, atravessou o século 20 e se tornou eterno.

Um comentário:

  1. Puts, eu tinha pesquisado à fundo a vida dessa mulher esses dias...
    Ela é um exemplo de persistência e bom gosto...
    Não podia faltar essa matéria aqui...

    Stèphanie!

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